The Real Twin Peaks – Parte 2 – Great Northern Hotel
Dando continuidade ao meu primeiro post sobre Snoqualmie, a cidade de Twin Peaks, agora vou falar sobre o cenário do Great Northern Hotel, famoso por ser peça central de vários acontecimentos e pela paisagem fantástica exibida em diversos momentos da série.
Em primeiro lugar, o hotel realmente existe, porém, em um tributo à criatividade dos diretores de cena com a qual nós leigos não estamos acostumados, toda a parte externa (basicamente o cenário acima) era filmada em um local e a parte interna, em outro. A externa, portanto, foi produzida no Salish Lodge, hotel tema deste post.
A interna, por sua vez, foi filmada praticamente toda no Kiana Lodge (visite o link), um local deslumbrante aberto a eventos na cidade de Poulsbo, que também foi cenário da morte de Laura, uma vez que seu corpo embrulhado em plástico foi encontrado ao lado do tronco gigante disposto na praia do Kiana. A viagem de Snoqualmie até Poulsbo leva aproximadamente 2 horas de carro, sendo necessário atravessar uma balsa a partir de Seattle. Em 2008, eu fiz esse roteiro, porém em minha última viagem não me animei a repeti-lo, já que o Kiana não é necessariamente um local aberto à visitação. Fotos podem ser vistas nos links ao final do post.
Voltando ao Salish Lodge, acompanhe no vídeo a seguir alguns momentos da minha chegada ao hotel, com a surpresa de abrir um River Room e sua vista deslumbrante:
O que encontrar no Salish Lodge
Considerando que o Kiana (parte interna do Great Northern) é um local de eventos, para vivenciar Twin Peaks faz sentido que possamos ficar hospedados no Salish Lodge. Alguns fãs mais ardorosos podem reclamar de não reconhecer o cenário interno como original da série, porém, para nós habitantes de um país tropical, toda a arquitetura de um rústico hotel com muita madeira e elementos típicos de um cenário de montanha, é por si só, uma experiência única.
Além disso, o destino é altamente recomendado, independente da série do David Lynch, somente pelo fato de proporcionar um belo destino para casais. Alguns dos diferenciais do Salish, cuja diária custa em média US$ 300, são:
Um café da manhã como nenhum outro
Apesar de todas as características acima, se tem uma que marcou profundamente a minha viagem de 2008 foram os Ovos Beneditinos que comi no café da manhã do Salish. Praticamente um brunch, o prato é um entre tantos que caracterizam o famoso restaurante do hotel, conhecido em toda a região e frequentado também por não hóspedes que se deslocam desde Seattle pelo privilégio de comer nele. Conforme o dia, é necessário ao hóspede fazer reserva para garantir um lugar durante o jantar e, eventualmente, até mesmo no café da manhã.
Diga-se de passagem é cultural nos Estados Unidos que o café seja muito mais reforçado do que no Brasil. Por esse motivo, o brunch acaba sendo comum, uma vez que comer um prato elaborado às 9h ou 10h certamente vai tirar toda a fome do almoço. Mesmo no país do brunch, o Salish destaca-se com um café da manhã gourmet muito superior ao de qualquer outro local que visitei. Veja abaixo apenas algumas das fantásticas opções disponíveis:
Traditional Eggs Benedict
Você pode escolher, naturalmente, entre 3 pontos diferentes para o cozimento dos ovos, que é feito em água, e eles são preparados à perfeição sem qualquer chance de erro. Recomendo o ponto intermediário que já traz a gema mole. A versão abaixo é do prato tradicional com presunto curado, com o creme holandês de cobertura. As batatas bem tostadas feitas na frigideira são também maravilhosas e servem apenas para enterrar de vez qualquer tentativa de manter a dieta:
O Salish oferece esse prato em duas variações adicionais: a primeira delas com carne de caranguejo (excepcional para quem gosta) e a segunda vegetariana, contendo cogumelos e tomates no lugar da carne.
Classic Croque Madame
Versão do famoso sanduíche francês Croque Monsieur, o Croque Madame acrescenta ovos pochê em cima da receita. Um prato humildemente oferecido no cardápio do Salish sem qualquer referência adicional – devo dizer que jamais comi em Paris um croque superior a este oferecido pelo hotel de Snoqualmie – charmoso e delicioso:
The Salish Signature Hot Chocolate Pot
Como complemento a toda essa fartura, se você for capaz, eu recomendo a xícara de chocolate com nome mais pomposo da história. O “Signature” do nome não é brincadeira, pois essa iguaria traz um selecionado ganache de chocolate escuro com creme de vanilla, além de ser preparada “ao vivo” ao lado da mesa, em um ritual que merece crédito. Serve duas pessoas:
Finalmente, se a comida por si não foi suficiente para convencê-lo de uma das melhores experiências em brunch deste lado do globo, que tal saber que é possível também…
…tomar café em uma sala privativa, um restaurante só para você (se tiver sorte)…
…e complementar a experiência com um arco-íris quase particular (se tiver um pouco mais de sorte):
Para mais cenas de tirar o fôlego, confira o próximo post da série que fala sobre as cataratas da região: Snoqualmie Falls.
Fotos
Para conhecer mais sobre o cenário “Great Northern Hotel“, sugiro que visite:
- Abril/2014: a galeria atual do Salish Lodge, com fotos que complementam o post – http://bor.ba/TP02
- Novembro/2008: na minha viagem anterior, é possível ver fotos do Kiana Lodge ao final da galeria: http://bor.ba/TP200801
- Novembro/2008: em outro álbum da viagem anterior, você poderá conferir mais fotos do interior do Salish, incluindo a fantástica loja de souvenirs que, apesar de parecer bagunçada, na verdade é muito simpática: http://bor.ba/TP200802
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olha, deve ter sido uma experiência sem precedentes! estive um pouquinho aí no pensamento!
Valeu, Tita! Sem dúvida foi. Tipo da viagem que não dá para esquecer. Bem melhor que parque de diversão ou compras 🙂
Essa versão vegetariana do Traditional Eggs Benedict deve ser alucinante. Curti a inclusão de um roteiro gastronômico nesse tour!
Total, meu caro! Cada local tem suas características, vale sempre dar uma olhada em qualquer comida que fuja de Fast Food!
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