Video on Demand Muda o Panorama da Web
Até pouco tempo atrás, Video on Demand (VoD) parecia uma promessa vaga para um futuro longínquo. O termo representa nada mais que a comodidade de escolher um filme e assistí-lo a qualquer momento, sem precisar ir até uma locadora.
As TVs a cabo oferecem o Pay-per-view (PPV), que apesar de parecido, não é a mesma coisa. No PPV, há canais a cabo específicos que ficam passando um número limitado de filmes em horários pré-definidos. Você paga um adicional à sua operadora de cabo, e o canal é liberado por determinado período.
O VOD exerce o papel de uma locadora via web. Você escolhe a partir de um cardápio de filmes e inicia um streaming, assistindo ao filme em tempo real, ou abre-se um processo de download combinado com streaming, no qual o vídeo inicia sua exibição antes de ser baixado por completo. Geralmente, o arquivo é destruído ao final do processo para evitar seu armazenamento local.
Recentemente, uma matéria da PC Magazine comprovou que a Netflix se tornou a maior fonte de tráfego de Internet nos Estados Unidos, o que, convenhamos, é muita coisa. Com 23 milhões de usuários, a Netflix domina 1/4 do tráfego da web americana e chegou a ultrapassar os torrents (geralmente utilizado para downloads piratas de MPs e vídeos).
Para se ter uma ideia do que representam os números, o tráfego de navegação de todos os sites (via browsers) soma cerca de 18% do volume de dados, enquanto o YouTube sozinho contribui com aproximadamente 10%.
A Netflix começou com uma proposta inovadora em 1997, oferecendo aos apreciadores de filmes a possibilidade de assistir a um número ilimitado de títulos a partir de um pagamento mensal fixo. A entrega e a retirada dos filmes, neste método, é feita através dos correios. Este serviço surgiu no Brasil recentemente através de várias empresas, e até a BlockBuster entrou na jogada.
Tudo isso é interessante de observar porque o panorama da web está mudando e, como de costume, novas tendências se apresentam. Este tipo de serviço deve demorar para se consolidar no Brasil, não só pelo temor das produtoras com relação à pirataria (somos terceiro mundo ainda), como também pela infra-estrutura de banda larga, que precisa melhorar ainda mais.
Não é preciso dizer que as locadoras convencionais sofrem com este tipo de serviço. Entretanto, em termos de comodidade, os usuários certamente receberão esta novidade de braços abertos.
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