Restaurar o arcade Asteroids Deluxe, um vector monocromático da primeira geração da Atari, representou, mais uma vez, um grande aprendizado e ajudou a aprimorar ainda mais o meu conhecimento em máquinas vetoriais. Afinal, esse foi o segundo arcade vetorial P&B que tive em minha coleção, e, por ter placas intercambiáveis com o Asteroids original, facilita muito obter diagnósticos em caso de problemas.

Foi também o primeiro caso em que a restauração eletrônica andou lado a lado com a restauração estética, sendo o primeiro arcade em que realizei ambos os tipos de restauração em conjunto.

O resultado é este:

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Em 1983, com a Era de Ouro dos Arcades em “full swing”, ou seja, desenvolvendo-se com toda a força no mercado norte-americano, inúmeras variedades de jogos e estilos de gabinete estavam surgindo.

Era uma época de inocência e experimentação, em que a indústria não estava presa a nenhum padrão pré-determinado. Os videogames eram uma novidade e a tecnologia havia atingido um ponto interessante de maturidade em que arcades vetoriais conviviam lado a lado com jogos tradicionais (rasters), oferecendo uma variedade incrível de opções aos jogadores.

E foi naquele momento que surgiu o Track & Field – um jogo épico que entrou para a história.

A versão Cocktail do arcade Track & Field faz parte da tríade de Cocktails muito desejada no meio do colecionismo de arcades, que inclui ainda Warlords e o gabinete Joust Cocktail que pode ser visto neste post.

O vídeo acima, que utilizei para divulgação desta série de artigos, oferece uma demonstração geral do icônico Track & Field. Conheça abaixo a história de como consegui adquirir este gabinete inédito no Brasil e concluir sua restauração completa

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O ano era 1983 e as Olimpíadas de Los Angeles, nos USA, estavam perto. Foi então que a Konami, já famosa pelos seus arcades antecessores, como Frogger, Scramble, Time Pilot e Gyruss, teve uma ideia genial: fazer um jogo baseado nos esportes olímpicos.

Sports games, como é chamado o gênero de emulação de esportes nos videogames, não era um conceito novo. Até mesmo o Pong, primeiro jogo lançado pela Atari, baseou-se em uma partida de tênis. Jogos de futebol americano, soccer, basquete e muitos outros já existiam, sem contar os arcades dedicados à simulação de corridas, os racing games, ou racers. Além disso, outros jogos baseados em esportes olímpicos já haviam sido lançados, como o Microsoft Decathlon, em 1980 (feito para o TRS-80), e o Activision Decathlon, lançado para o console Atari 2600 em 1983.

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Eu iniciei minha busca por um arcade Track & Field após acompanhar durante muito tempo os modelos e variações disponíveis no mercado e entender o sentimento dos colecionadores com relação a esse jogo.

Enquanto por aqui o que conhecíamos era o modelo Upright, no mercado de colecionismo norte-americano a história é outra – fica muito evidente a predileção pelo modelo Cocktail, uma variação que nunca esteve presente nos fliperamas do Brasil:

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Ao final do post anterior, expliquei a dificuldade de achar à venda um arcade Track & Field, modelo Cocktail, com uma restauração impecável.

A partir disso, publiquei um post em um fórum especializado, relatando que eu gostaria de comprar um gabinete restaurado ou encomendar uma restauração sob medida. 

Foi então que conheci John Wirtz, que me mandou esta foto:

John disse: “Eu acabo de buscar esta máquina e posso restaurá-la para você”. Parecia bom demais para ser verdade, então passei a investigar um pouco melhor quem era aquela pessoa e o que fazia.

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Conforme mencionado no post introdutório, Track & Field teve uma continuação chamada Hyper Sports, um jogo muito bem-feito e bastante desafiador, mais difícil que seu antecessor. No mercado, esse segundo jogo da série foi comercializado principalmente na forma de kits de conversão para o gabinete do Track & Field. Com menor sucesso comercial, acabou se tornando mais raro.

Como ambos os jogos utilizam exatamente os mesmos controles e a mesma orientação de tela, é natural que proprietários de Track & Field queiram ter os dois games no mesmo gabinete. A forma mais simples de fazer isso é trocando as placas-mãe, pois o restante funciona da mesma forma. 

Ao longo do tempo, diferentes soluções foram surgindo para facilitar a vida de entusiastas e colecionadores. A primeira vez que vi um mecanismo simplificado para isso foi no vídeo da TNT Amusements, mostrado no primeiro post, e que pode ser visto novamente aqui:

Porém, a engenharia do retrofit, com a evolução do mercado de colecionismo, vem produzindo maravilhas que facilitam a vida do usuário e ao mesmo tempo aumentam a jogabilidade dos

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