Super Breakout #11: Remontagem 4 – Monitor e Portas
Após a restauração do gabinete e concluída a parte inicial mais trabalhosa da remontagem do arcade Super Breakout, da Atari, a finalização é um processo mais mecânico e rápido.
Antes de colocar o chassis do monitor, com o gabinete ainda aberto, fica mais fácil instalar a coin door. Porém, é surpreendente constatar que, na maior parte dos gabinetes, faltam as chaves para uma das portas, quando não para ambas.
Este é um trabalho fácil de ser executado, porém um pouco chato. Muitas vezes, é preciso testar diferentes linguetas para que encaixem perfeitamente com o tipo de fechadura ou, ainda, entortar e adaptar com a ajuda de alicates.
O ideal é que o fechamento fique perfeito, da seguinte forma:
Geralmente, a porta tem um interlock switch que desliga o arcade quando é aberta. Isso funciona muito bem para máquinas operadas a ficha, em que, se for necessário abrir a porta, a máquina não precisa estar ligada. Porém, em jogos antigos como o Super Breakout, em que não há um botão ou modo automático para free play, é necessário abrir a porta para acionar manualmente o switch de moedas.
Por esse motivo, é comum ver o interlock switch sendo rotacionado para interromper seu acionamento através da porta aberta ou fechada. Dessa forma, o pino central é puxado e fica acionado de forma permanente.
A Preparação do Monitor
Antes de montar o monitor, é interessante fazer um teste cego: verificar se o conjunto de placa-mãe e painel de controle responde corretamente ao jogo. Neste momento, o ideal é ouvir o som, e assim chamamos quando o jogo funciona sem o vídeo: playing blind. Eu fiz o teste e parecia estar tudo bem, mas achei estranho não estar ouvindo o som.
Obs.: em algumas máquinas antigas com monitores preto e branco, o funcionamento do som depende da fiação de retorno que volta do monitor, portanto não é possível testar o som sem ter o chassis conectado. Porém, este não seria o caso do Super Breakout, que possui o circuito de som alimentado pelo power brick.
Em seguida, o teste completo, com o monitor ligado. Mesmo assim, ainda sem conseguir ouvir o som.
Estando tudo OK, antes de montar o chassis, desliguei o monitor e iniciei o trabalho de limpeza do vidro, retirando a cola residual de anos de fixação do overlay.
A mesma coisa teve que ser feita no overlay, porém sem usar o recurso de lixa para não danificá-lo.
Preferi fazer o ajuste de posição do overlay sobre o tubo com o monitor ligado para ter certeza de que iria coincidir a linha azul com a raquete a partir do ponto de visão do jogador, além do alinhamento dos tijolos com a parte colorida. Somente depois, com ajuda de fita dupla face, o acetato foi fixado no local correto.
Em seguida, fiz um leve polimento do acrílico fumê ou tinted plexi.
Já com relação ao plexiglass, ou acrílico principal do jogo, por uma enorme sorte, consegui comprar uma segunda peça original, pois havia percebido que a minha não estava muito boa.
No fim das contas, inspecionando de perto, percebi que ambas tinham o mesmo tipo de marca. Mesmo assim, a segunda peça estava ligeiramente melhor. Confira neste vídeo:
Acabamento devidamente instalado e painel de controle fixado.
Mais alguns fechamentos concluídos e estávamos quase prontos.
Por fim, a porta traseira do gabinete, que, mais uma vez, estava sem fechadura.
Este post é parte de uma série. Os capítulos anteriores são Post Introdutório: A Dinastia dos Pongs, 01 – Um Achado e o Início de uma Amizade, 02 – Chegada: Mais um Gabinete Quebrado, 03 – Testes e Comparativo com o Atari 2600, 04 – Desmontagem do Gabinete: Parte 1, 05 – Desmontagem do Gabinete: Parte 2, 06 – Restauração e Limpeza do Gabinete, 07 – Flybacks Antigos e Vazamento de Alta Tensão, 08 – Remontagem 1: O Desafio de Reconstruir o Power Brick, 09 – Remontagem 2: Polimento do Marquee e Parte Elétrica e 10 – Remontagem 3: PCB e Cage.
O próximo post é o 12 – Suporte do Painel e Volume Pot.
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