Os clássicos jogos estilo “Pong” pertencem a um gênero chamado “Ball and Paddle”, portanto não há título melhor para lançar um jogo dessa natureza como Paddle-Ball. A Williams, indústria que se tornou muito conhecida no mercado de video arcades da década de 80, lançou o Paddle-Ball em 1973, um ano após a Atari inaugurar a era comercial dos videogames com o revolucionário Pong.

Paddle-Ball talvez seja mais raro que o Pong simplesmente por ter sido fabricado em menor quantidade – não mais do que 1.000 a 2.000 unidades (contra cerca de 8.000 do Pong), uma produção difícil de determinar, pois os números de série não são sequenciais. Estima-se que não mais do que 100 gabinetes tenham sobrevivido até os dias de hoje.

Já em termos de jogabilidade, este jogo representa uma evolução, pois o tamanho da TV é consideravelmente maior e os knobs (paddles) também são maiores. Existe uma impressão muito clara de que a Williams quis copiar o Pong, porém aprimorando alguns aspectos. 

Acompanhe o processo de restauração desse importante representante da Era

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A Williams Manufacturing Company, fundada em 1943 por Harry E. Williams, foi uma empresa voltada inicialmente para a produção de máquinas de pinball eletromecânicas. Durante as décadas de 1940 e 1950, ela se destacou por inovações que ajudaram a modernizar a indústria do pinball.

Em 1964, foi adquirida pela Seeburg Corporation, conhecida fabricante de jukeboxes. Mais tarde, em 1973, a Williams resolveu entrar no ramo de video arcades ao copiar fielmente o precursor Pong, de 1972, o primeiro videogame da Atari. E, assim, surgiu o Paddle-Ball.

Nesta imagem, é possível comparar o Pong com o Paddle-Ball, ambos lado a lado em uma foto da minha coleção:

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Eu encontrei o anúncio do arcade Paddle-Ball, da Williams, por um mero acaso. Esse jogo não estava na minha wish list, porém, como um Pong Clone, chamou a minha atenção e iniciei uma conversa com o vendedor.

O que aconteceu posteriormente representa muito bem a diferença cultural entre dois países e a desconfiança que um cidadão americano pode ter ao fazer negócios com um estrangeiro.

Afinal, como muitos anúncios de arcades, o vendedor pedia expressamente “cash on pickup”, o que significa que ele esperava ser pago em dinheiro na retirada.

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A chegada ao Brasil do arcade Paddle-Ball, da Williams, não foi muito diferente da de outros games que importei. Infelizmente, não é incomum que alguns gabinetes simplesmente quebrem parcialmente durante o transporte, em parte pela fragilidade das chapas de madeira antigas, geralmente feitas de aglomerado.

A parte de baixo se revelou bastante danificada, provavelmente por umidade, sendo que a chapa traseira inferior não existia mais. O fundo estava praticamente solto e o acabamento inclinado frontal, feito para a acomodação dos pés, não estava mais presente.

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Com o arcade Paddle-Ball, da Williams, devidamente testado – porém com o gabinete quebrado e precisando de restauração –, não demorei muito para desmontar toda a eletrônica. Meu maior receio era que o gabinete, sem a sustentação do fundo e com um tubo de TV pesado, pudesse se abrir, causando um prejuízo irreparável.

Antes de iniciar a desmontagem de qualquer arcade, a melhor dica é realizar uma documentação fotográfica de todas as principais partes, especialmente amarrações de chicote e posicionamentos que serão difíceis de lembrar posteriormente.

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Após a desmontagem, o gabinete do arcade Paddle-Ball, da Williams, foi restaurado em marcenaria com todo o cuidado para preservar o revestimento laminado original. Nesta sequência de frames de vídeo e foto, é possível perceber o trabalho envolvido na restauração da parte inferior, que havia sido bastante danificada pelo desprendimento do fundo:

Eu sempre recomendo o excelente trabalho feito pela marcenaria JR&N, de Curitiba. Para quem tiver interesse, o contato é com o Neno, pelo telefone (41) 98818-7557.

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