Lançado em 1983, em pleno auge da Era de Ouro dos Arcades e da explosão dos vetores, Star Trek: Strategic Operations Simulator é um arcade vetorial colorido com tecnologia própria desenvolvida por seu fabricante, a Sega. Como o nome já explica, é classificado como um simulador de combate espacial, mais precisamente “space combat simulation arcade video game”.

Star Trek é o 5º arcade vetorial da minha coleção, sendo o terceiro color vector. Por ser um jogo clássico altamente desejável, quando apareceu a oportunidade a um preço muito abaixo do normal, eu consegui aproveitar para ter este gabinete na minha coleção.

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Muitas vezes, ao escrever estes artigos técnicos para o meu blog, eu não posso deixar de perceber como o arcade Asteroids é citado em tantas postagens. Chego a refletir se é algo relacionado à minha experiência com o game, porém, ao que parece, esse superclássico realmente exerce influência em uma série de jogos de arcade, por diferentes motivos.

A história deste gabinete de Star Trek se confunde com a do Asteroids porque se trata de um kit oficial de conversão da Sega, ou seja, é o hardware Star Trek instalado em um gabinete de Asteroids, fornecido em um kit customizado pelo próprio fabricante:

Antes de tratarmos deste kit, é importante entender como o Star Trek foi originalmente concebido.

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Lembro bem que a expectativa para a chegada do Star Trek era alta – mal poderia esperar para jogar, pela primeira vez na vida, um arcade vetorial da Sega. 

Comprei esse gabinete sabendo que faltava o bezel, ou moldura do monitor, mas eu sabia onde encomendar um e que seria fácil de restaurar. Porém, durante o transporte, houve um dano significativo na parte frontal inferior do gabinete:

O transporte internacional de qualquer arcade costuma trazer surpresas, muitas vezes desagradáveis, e alguns sustos, como ter componentes soltos dentro do gabinete, como no caso do Space Duel. Portanto, antes de qualquer tentativa de ligar a máquina, a inspeção é fundamental:

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Electrohome G08-003 Color Vector Monitor: este é o nome da criatura diabólica que habita o interior de um gabinete de arcade vetorial da Sega.

Por eu não entender absolutamente nada desse monstro, recorri ao especialista em Sega mais conhecido do mundo dos arcades, Matt Janeczek, que mantém o site Vector Vault Arcade Repair. Matt, além de ter peças sobressalentes para vender, é notório por ser uma das poucas pessoas a consertar esse tipo de monitor, além de realizar manutenção nas placas lógicas dos jogos da Sega e do game Omega Race da Midway, um arcade famoso por apresentar danos de ácido provenientes de vazamento de bateria nas placas-mãe. 

Com a ajuda de Matt, iniciei o troubleshooting a partir do teste de voltagem no cabo que conecta a cage ao monitor. É um teste bastante básico que demonstra, através de um multímetro, a voltagem contínua disponível para o sinal vetorial XY (cabos amarelo e laranja) e cada uma das cores dos canhões – cabos cinza (referente à cor azul), verde e vermelho.

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A partir da constatação de que havia problemas de voltagem no monitor G08 do arcade Star Trek, e com a ajuda de Matt Janeczek da Vector Vault Arcade Repair, resolvemos medir a corrente originada pelo power brick. Neste gabinete, o power brick (fonte analógica original) estava alimentando o monitor Electrohome, enquanto a moderna fonte switching estava direcionada para o conjunto de placas da cage.

O power brick estava, inclusive, solto logo acima de uma ripa de madeira frouxa que indicava que parte do fundo do gabinete estava quebrada. A corrente alternada fornecida do power brick para o monitor estava ao redor de 53V. Embora aceitável, Matt queria baixar esse número para algo em torno de 47V.

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Após os diagnósticos e tentativas infrutíferas de fazer funcionar o monitor Electrohome G08-003 do arcade Star Trek, da Sega, não restou alternativa a não ser enviá-lo para reparos no exterior através da Vector Vault Arcade Repair.

O primeiro passo antes de lidar com qualquer monitor é verificar a voltagem no anodo de conexão no tubo, procedendo com a descarga da corrente residual. Quem já leu a respeito desse procedimento antes sabe que o uso da sonda de alta tensão é fundamental para a proteção do operador e das placas do monitor:

O procedimento de desmontagem do chassis me ajudou a compreender o funcionamento de cada componente. O conjunto é complexo e se encaixa bastante apertado na estrutura metálica, sobrando pouco espaço para movimentação e exigindo um manuseio cuidadoso.

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